Análise Crítica da Informação


A leitura crítica foi algo que se tornou essencial para a vida em nosso tempo. Uma enxurrada de estímulos e/ou informações invade nossa subjetividade todos os dias, muitas podem ser benéficas, instigantes para o desenvolvimento, mas a maior parte pode ser puro entulho; lixo que nubla a percepção e nos torna pessoas fracas, dependentes das opiniões alheias, neuróticos, ansiosos, sobrecarregados e etc. Esse curto-circuito mental é ocasionado sobretudo pela aceitação não crítica das informações e estímulos que nos chegam.

Em nossos tempos a interpretação clama por nossa atenção, pois na maior parte das vezes, vemos o que escolhemos ver, nem sempre o ser humano interpreta corretamente os estímulos que lhe chegam e na maior parte das vezes acontece justamente o contrário. As fontes do saber precisam ser buscadas sempre sem descanso para chegarmos aos fundamentos do que estamos lendo, vendo ou ouvindo.

As relações humanas podem ser instigantes ou não. Quando instigantes funcionam como os motores do desenvolvimento, pois instigam o desenvolvimento e podem ser os guias para desenvolvermos  todos os nossos potenciais. Quando não instigantes se tornam relações “tóxicas” neuróticas, doentias, prejudiciais para o desenvolvimento.

O mundo está gravemente enfermo, embora muitas pessoas mesmo com grande dificuldade ainda consigam curar-se ou libertar-se dessa espécie de “neurose social” evoluindo mental e espiritualmente, seu número ainda é reduzido. As vezes é preciso ser de “ferro” para enfrentar obstáculos do dia-a-dia como as neuroses pessoais, os conflitos existenciais, a psicopatia, as Fake News, o pseudo conhecimento e o charlatanismo.

O mais difícil nos tempos atuais é não deixar nada disso colar em nós ou nos influenciar; saber dividir o joio do trigo; não podemos mais ser fantoches de códigos binários que nos empapuçam com informações inúteis que apenas tentam suscitar determinado estado subjetivo.

Quando não fazemos uma leitura crítica da realidade nos transformamos em máquinas sem alma, em fantoches de outras pessoas e/ou dos sistemas binários. Meros peões da ideologia, do poder. Pessoas ou códigos binários de redes sociais podem seguir a mesma lógica que impera há 500 anos no Brasil: a lógica das castas, um pequeno grupo de pessoas agraciadas sugando vida, como parasitas que vão se alimentando do hospedeiro, impondo seus gostos e dizendo o que deve ou não ser valorizado, escravizando o sujeito a partir de dentro, a partir de sua subjetividade.

Um comentário:

  1. Texto excelente, um alerta para sabiamente filtrarmos as informações que nos interessam, mantendo nossa humanidade e racionalidade.

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