Richard Feynman foi um físico excêntrico e autodidata que valorizou muito o auto aprendizado e investiu em diversos interesses paralelos. A técnica de auto aprendizado que vou apresentar aqui foi exaustivamente testada e comprovada por ele ao longo da vida em hobbies ou na sua principal atividade como professor de física e pesquisador.
Além de seu brilhantismo como cientista, Feynman também era conhecido por sua habilidade em tocar bongô e abrir cofres e cadeados. Seu nome se tornou mais popular depois que ele serviu na comissão presidencial que investigou a explosão do ônibus espacial Challenger. Em um momento dramático durante uma audiência sobre o desastre, ele mergulhou o material de um O-ring (um selo crucial nos foguetes) em água gelada, demonstrando que um O-ring não teria permanecido flexível na temperatura de lançamento.
A Técnica Feynman
1. Escolha um assunto (ou conceito)
Escreva o tópico escolhido no topo de uma página. Em seguida, anote tudo o que sabe sobre ele, e adicione sempre que aprender algo novo.
A melhor forma de levar esse primeiro passo é escrever com termos simples. Pense que você está explicando o assunto para uma criança, por exemplo. Ou seja: utilize vocabulário básico e faça conexões simples de entender.
Jargões e termos complicados podem mascarar o seu nível de aprendizado – até para você mesmo. Escrevendo a ideia com linguagem clara, você se obriga a entender o bastante para conseguir simplificar as relações.
Não tem problema se isso parece difícil. Tente identificar os pontos onde você falha na compreensão, isso enriquece o aprendizado.
Aqui a ideia é realmente ensinar – não importa se você tenha um público, ou não. O importante é explicar o tópico em termos de fácil compreensão. Assim, você consolida o que entendeu até então e visualiza com facilidade o que ainda não tem clareza.
A partir da sua tentativa de explicação para uma outra pessoa, você vai perceber os buracos no próprio aprendizado. Revisite esses pontos e volte às suas fontes de informação até que consiga explicar o conceito completamente.
Revise seu trabalho enquanto simplifica ainda mais a linguagem (tenha certeza de estar utilizando suas próprias palavras e não jargões do material que estudou).
Ilustre com exemplos e, se necessário, conecte conceitos e faça analogias para fortalecer sua compreensão. O objetivo é organizar todo o conteúdo em uma história simples que flui em harmonia. Nesse passo, o uso de resumos e mapas mentais ajudam a conectar os conceitos importantes.
Por fim, leia em voz alta e, se ainda parece confuso, pode ser uma indicação de que seu entendimento ainda não é total. Se for o caso, estude novamente e volte a preencher os “buracos” existentes no conhecimento.
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