O ativismo cibernético ou ciberativismo atingiu seu auge de popularidade em meados de 2011, impulsionado pelo grupo de hackers do Anonymous.
A ferramenta padrão de ativismo cibernético é o L.O.I.C. (Low Orbit Ion Cannon) em alusão a uma arma comum nos jogos de tiro em primeira pessoa, especialmente do Unreal Tournament 2004. Eram ataques de negação de serviço contra sites que disseminavam alguma ideologia contrária ao grupo, como a igreja da cientologia, empresas de mídia como a Sony e empresas de segurança dentre outras.
Livro: Nós Somos Anonymous
O livro é dividido em três partes + epílogo: Parte 1 - Nós somos anonymous, com 11 capítulos; Parte 2 - Fama, com 13 capítulos; Parte 3 - Desmascarados, com 3 capítulos e o epilogo, mostrando a situação dos indivíduos após um ano.
O livro começa contando o ataque ao executivo de segurança digital Aaron Barr, que para fazer a sua empresa de segurança tecnológica se destacar, começou a afirmar ser capaz de identificar os membros do "Anonymous".
Sua propaganda foi tanta, que ele tinha uma palestra importante agendada e tinha até mesmo sido contatado pelo FBI. O grupo sem rosto começou a investigar e descobriu que Barr era uma fraude, não tinha ideia do que estava falando e poderia colocar em risco pessoas inocentes.
Esse é um dos exemplos descritos dos ataques virtuais do grupo. A obra dá uma maior atenção a alguns membros, que agiam quase como líderes (apesar de todos afirmarem que não existiam líderes no Anonymous): Topiary, Sabu, Kayla e Tflow.
O livro é interessante por diversos motivos, principalmente para analisarmos a chamada "mentalidade de colmeia" que acaba gerando os ataques direcionados. Também vale ressaltar que essa descentralização é essencial para que o coletivo de hackers e ciberativistas possam atuar em sintonia, se confundindo uns com os outros e enganando as autoridades através de subterfúgios.
Para aqueles leitores que gostam de realizar análises psicológicas, ler sobre a dessensibilização dos jovens perante a situações sérias e sobre os acontecimentos como o ataque à Igreja de Cientologia à Aiupelx entre outros, vale muito a pena dar uma conferida no livro.
No final do livro ainda é possível conferir uma minuciosa linha de tempo, notas e fontes utilizadas e um glossário.
- Nós Somos Anonymous, Parmy Olson
- Cypherpunks, Julian Assange
- Arquivos Snowden, Luke Harding, Bruno Correia e Alice Klesck
- Sem Lugar para se Esconder, Glenn Greenwald
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