Etimologia da palavra Á-Tomo: Do grego ἄτομος ("átomos"), indivisível.
Ressalto que este ensaio apresenta ideias científicas originais de minha autoria, sendo mais do que um mero texto de divulgação científica sobre algo já conhecido. Neste texto, fruto dos meus estudos e reflexões sobre os fundamentos da física, sugiro um princípio físico novo capaz de realizar um bootstrap teórico na Física Digital; forte o suficiente para elaborar uma futura teoria de tudo.
A hipótese do espaço-tempo ser formado por átomos mais literais que os átomos de matéria da tabela periódica, longe de ser mera especulação sem respaldo teórico é uma possibilidade que sempre esteve presente na agenda da ciência de vanguarda. Os cientistas chamam esse problema de o problema da continuidade da natureza, para o qual até hoje não foi encontrada solução satisfatória.
Apesar dos diversos ataques a esse problema que existem hoje na literatura científica, eu preferi escolher uma abordagem inédita que considero ser a correta.
Universo Observável
d = 46 Bilhões de anos-luz ~ 4,35206 x 10^25 metros
Hipótese: Tudo que existe dentro do universo observável, deve existir na maior riqueza de detalhes permitida pela natureza.
Número de píxels na distância radial RR\L = n
Horizontes de Informação Holográfica
Qualquer região física com área quantizada podemos denominar de telas (screens), para nos referir a um conjunto com vários píxels disponíveis.
Conforme as ideias originais de Bekenstein, Unruh e Hooft; aperfeiçoadas pela dualidade holográfica de Leonard Susskind e Juan Maldacena, os horizontes de informação holográfica generalizam o conceito das telas de Planck como horizontes de eventos estendidos.
Assim como os proponentes da Teoria da Gravitação Quântica em Loop (LQG) e sua versão computacional que podemos abreviar como CLQG, também concordo com a ideia que o espaço-tempo é formado de átomos. Porém, vou desenvolver a ideia neste e noutros ensaios dentro do formalismo da gravitação semiclássica e da dualidade holográfica, pois no meu entendimento é o estudo mais minimalista que podemos fazer da descontinuidade.
Lp - O átomo do espaço (comprimento de Planck)
Tp - O átomo do tempo (tempo de Planck)
Fórmula da constante de resolução espaço-temporal
ρₒ = Lp x Tp = Għ\c^4
S = A\Aₒ; onde Aₒ = 4 Lp²
Formulação Alternativa
A constante de resolução também pode ser escrita como a razão entre duas unidades de Planck características:
ρₒ = [ação]\[força] = ħ\Fp = 1
Quantização da Área e Densidade de Informação
A complexidade potencial das telas de Planck já traz de forma latente as condições limitantes para a informação máxima que o universo pode processar desde o Big Bang.
Assim, a nossa intuição de que o universo foi sintonizado para a existência de diversos níveis de complexidade (as estrelas, a vida, o cérebro humano e a inteligência artificial) elude e mascara o fato de que todos esses níveis surgem naturalmente da alta complexidade potencial.
Logo, em virtude do que foi exposto, compreendemos que a natureza maximizou a complexidade potencial otimizando simultaneamente as leis e as constantes naturais.
Referências:
[1] - As Implicações de uma Informação Cosmológica, Respeitando a Complexidade, a Informação Quântica e as Leis da Física, Paul Davies.
https://arxiv.org/abs/quant-ph/0703041
[2] - Espaço-Tempo Emaranhado, Paola Zizzi
https://arxiv.org/abs/1807.06433
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